Foto: Lauro Akiyama |
O Palácio 10 de Julho, construído em Pindamonhangaba em 1870, é um notável exemplar da arquitetura residencial da aristocracia cafeeira do Vale do Paraíba. Restaurada durante 7 anos, em 2014 foi inaugurado como um novo espaço cultural da cidade o que ampliou o acesso da população ao Palacete e estabeleceu o desenvolvimento de atividades compatíves com a importância histórica de um bem tombado.
Arquitetura eclética
“Enquanto a influência inglesa estava ligada às construções das ferrovias, a francesa foi a que predominou na arquitetura dos ricos casarões do Vale do Paraíba, quando a economia do café se expandiu e consolidou nessa região, a partir de meados do século XIX.
É o caso do Palácio 10 de Julho, projetado pelo arquiteto francês Charles Peyrouton. Ao gosto eclético, em que os detalhes decorativos chamam a atenção pelo requinte e pela qualidade plástica. Seu primeiro proprietário foi Inácio Bicudo de Siqueira Salgado, barão de Itapeva.
O edifício foi construído com técnicas mistas, tendo sido verificado o emprego de tijolo queimado. Possui assoalho em pinho de riga e paredes revestidas em papel importado. Possui majestosa escadaria no seu saguão de entrada, protegida por grades trabalhadas em ferro fundido. Todo o seu interior é fartamente decorado com pilastras, capitéis e cimalhas e, no teto de um dos salões do pavimento superior, se observa uma grande e decorada clarabóia.”
Foto: Fundação Fórmula Cultural |
Documentos
O Centro de Memória “Barão Homem de Mello” é o espaço que abriga toda a documentação dos arquivos históricos da cidade. São mais de 20 mil documentos históricos da época dos bandeirantes com exemplares datados a partir de 1701 que contam a história do Vale do Paraíba onde muitos nunca foram expostos ao público.
Restauro
O Palacete foi ocupado como sede da Prefeitura do Município que necessitava de um espaço maior e mais adequado ao desenvolvimento de suas atividades. Foram duas as intenções relacionadas à revitalização do Palacete 10 de Julho.
A primeira foi proceder a mudança do uso, de forma a ampliar o acesso da população ao Palacete e estabelecer desenvolvimento de atividades compatíveis com a importância histórica do bem tombado. A segunda foi o processo de restauro da edificação, com a preservação de suas características originais e adaptação das instalações ao novo uso.
Para conhecer a proposta de restauração, acesse aqui.
(Fontes: Ministério da Cultura, Prefeitura de Pindamonhangaba, Vitruvius)
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