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A jovem Clara Ribas, gente que fotografa gente

Clara Ribas
Olhos de Pindamonhangaba ficaram arregalados ao conhecer o talento de uma jovem moça, na época ainda menor de idade, que precisou de autorização dos pais para participar de uma das Saídas Fotográficas promovida pelo projeto lá no comecinho do ano, em janeiro de 2016.

O destino era o Parque Natural do Trabiju, Unidade de Conservação sob gestão compartilhada da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba e representantes da Sociedade Civil (entre elas a Fundação Fórmula Cultural, como representante os moradores do entorno) idealizadora deste projeto que exalta a arte da fotografia.

Apesar do objetivo ter sido de proporcionar aos fotógrafos moradores da cidade, a oportunidade de conhecerem o Parque sob outro olhar, buscando novas formas, cores, elementos, luzes, sombras e, o micro e macro universo da fauna e flora... um destes participantes, destoava do grupo! Sim, era esta moça Clara Ribas, ainda com 17 anos, já cheia de técnicas adquiridas e com gosto especial, o de fotografar Gente!



Pai de Clarinha Ribas, a observação está no DNA
Enquanto alguns afinavam os olhos para dentro da mata, pra velocidade da água dos córregos e cachoeiras, para as cores das flores e insetos, Clara observava o interesse de cada um deles entretidos em seus objetos. O foco, a concentração, o movimento de corpo e as expressões faciais de cada um deles ao checarem no display de suas máquinas fotográficas, era o que realmente interessavam à Clara.

E aí, a gente quis saber mais, e conheceu uma moça apaixonada pela fotografia e ávida por aprender cada vez mais! Confira:

OP: Quando surgiu sua vontade de fotografar?
CR: Desde sempre amei arte e fotografia. Quando era bem mais jovem, meus pais tinham uma banda e eu fotografava os shows mesmo sem saber nenhuma técnica, era mais uma diversão pra mim! O tempo foi passando mas minha vontade de aprender mais sobre o assunto não passou junto!

OP: Você já faz trabalhos profissionais. Como foi o início e como está hoje? 
CR: Bom, o início é sempre adquirir muita experiência, e acima de tudo se descobrir e gostar daquilo que faz! Quando comecei fui aceita de uma forma que não esperava, fico feliz pelas pessoas que depositaram confiança desde sempre no meu trabalho. Porém ainda me considero uma recém-nascida na fotografia, estou somente a um ano nesse ramo, mas posso dizer que nos dias de hoje me sinto muito mais segura do que no começo, mas continuo estudando e amando fotografar tanto quanto, mesmo depois de surgirem muito mais responsabilidades, isso é o mais importante!

OP: O que você fez/faz para se qualificar como fotógrafa? 
CR: Algumas pessoas entendem que se dizer fotógrafo é apenas cobrar pelo seu serviço e pelas suas fotos e que ter uma câmera boa basta, mas se esquecem que essa profissão o estudo é tão importante quanto qualquer outra! Estudar é essencial na fotografia, e é isso que faço desde o começo, não somente as inúmeras técnicas super bacanas mas também arte, e procurar se inspirar em diversas áreas diferentes, não somente em fotografia. 

OP: Porque você gosta de fotografar gente? Acha que essa preferência te levou aos atuais trabalhos para a moda? 
CR: Essa paixão por fotografar pessoas é algo difícil de se chegar a uma conclusão com palavras. O prazer de retratar e passar uma mensagem é algo espetacular, tem que estar sempre atento a detalhes, a posicionamentos, a composições, ao enquadramento, não é somente ir lá e clicar, tem todo um universo por trás de cada foto e isso me cativa demais! E é por isso que a fotografia é algo tão bacana, registramos pessoas e tendências que ficarão guardadas pro resto da vida. Por isso, acredito que foi dessa forma que também descobri os trabalhos de moda e que me identifiquei por completa.

OP: Quais outras preferências tem? 
CR: Minha maior preferência em si é fotografar! Gosto de me permitir ser criativa em qualquer área que eu esteja na fotografia! 

OP: Qual seu fotógrafo preferido? 
CR: Como mesmo disse em algumas perguntas acima, não me inspiro somente em fotografia ou somente em um fotógrafo, por esse motivo decidi por não ter um preferido. Mas é sempre bacana estudar as origens da fotografia e também fotógrafos atuais renomados ou não pelos seus trabalhos incríveis, existe diversos artistas desconhecidos pelo mundo a fora que nos trazem trabalhos magníficos! É sempre bom se encher de grandes inspirações! 

OP: Soube que trabalha em família. Seu pai, que a acompanhou no parque, inclusive é o seu segundo fotógrafo, como é isso? 
CR: Trabalhar com minha família é ótimo. Meu pai como segundo fotógrafo, minha mãe como auxiliar e minha prima como a maquiadora! E ter meu pai como meu segundo fotografo é show, nos pensamos na mesma linha porém com percepções diferentes e isso deixa nosso trabalho super completo. Nós nos damos super bem e trabalhamos com algo que amamos, não há nada melhor que isso.  

OP: O que achou de participar da 3a. saída fotográfica do Trabiju, trouxe-lhe algum benefício? Qual?
CR: Acho essas iniciativas ótimas! Saídas fotográficas sempre são algo que conseguimos aprender bastante, seja com pessoas profissionais na área ou amantes da fotografia! O maior benefício foi poder estar na companhia de pessoas tão queridas e que mostraram diversos olhares lindos ao desfrutar da beleza da natureza! 

OP: Vai continuar se especializando? 
CR: Mas é claro, conhecimento nunca é o bastante! O importante é poder sempre aprender e poder fazer do meu trabalho o mais completo possível! Dar o melhor de mim nos estudos e na pratica! 



E confiram lá porque ela encantou a equipe de Olhos de Pindamonhangaba!


Quer saber como foi esse dia e contemplar as imagens dos membros participantes, clique aqui!

Fotos: Fundação Fórmula Cultural

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